domingo, 18 de maio de 2008

Ócio

Por Camila PINTO Matias.

Mania de pensar que as palavras podem me ajudar a quebrar essa coisa que me deprime. Essa eterna falta do que fazer. Essa demorada espera pelo fim. Escrevo, escrevo e escrevo pra achar alguma razão pra continuar sorrindo, pra achar alguma maneira de me animar, de me entender, de me suportar, de suportar aos outros. Um teste de paciência, de autocontrole, de auto compreensão. Eu queria viajar, rever amigos, reencontrar amores, sair andando por aí, conhecer gente nova, ver o pôr-do-sol, respirar novos ares, nadar em outros mares, sorrir com outros risos e beber outras cocas-cola. Queimar minha pele num sol ardente, latejante, grandioso. Eu quero olhar pra trás e sorrir tranqüila, quero olhar pra frente e ter força pra encarar, quero viver intensamente o presente, quero ser tranqüila, quero morder limão sem fazer careta, quero comer até pedir socorro, quero gritar até perder a voz, quero andar até cair, quero deitar até conseguir levantar, quero tomar banho de chuva no meio da Antônio Sales às 18 horas, quero bater fotos felizes, tristes, inexpressivas. Eu quero falar palavrões, xingar todo mundo, fazer gestos obscenos, atirar, esfaquear, apedrejar, cuspir, coçar a bunda no meio da rua, meter o dedo no nariz em público, chutar o carro parado na faixa de pedestre, arrotar no meio da multidão. Puta que pariu, caralho, porra, buceta, merda, fudeu, filho da puta, filho da mãe, imbecil, idiota, cara de cu, caralho de asa, cacete, demente, doente, vagabunda, puta, arrombada, rodada, pau no cu. Eu quero falar, falar, falar... Sem ter hora pra acabar, sem ter pressão, sem ter censura, sem ter pudor, sem ter limites, sem ter sede, sem ter vergonha, sem ser triste, sem ser feliz, sem sentir, sem gaguejar, sem mentir, sem omitir. Eu quero tudo que eu não posso ter, tudo que eu não posso ser e tudo que eu não posso fazer.
“Mente vazia, oficina do diabo.”
Suportando. Sobrevivendo.



[A culpada]

terça-feira, 6 de maio de 2008

Todo metido.


Hoje eu tô metido a engraçado. Nada como rir.. chorar é mó paia. E ainda solta catarro do nariz. Não sei o porquê.
A imagem ao lado foi totalmente inspirada em mim. E em mais uma ruma de gente, com certeza.
E pra você começar o dia bem eu coloco aqui uma piadinha (e eu sou é ruim e não coloco os créditos):

Um imigrante polonês está fazendo exame de vista para obter carteira de motorista em Nova Iorque. O examinador lhe mostra um cartão com as seguintes letras: C Z J W I N O S T A C Z. O examinador pergunta:

- Você consegue ler isso?

E o polonês:

- Ler?! Eu conheço esse cara!!



Se liga no mistério! Nós, pobre seres humanos lisos, às vezes reclamamos de nossas vidas e de como seria bom ser igual esse pessoal famoso, com dinheiro e feliz da vida. Pois é.
Agora, vamos ser famosos. Vamos ter dinheiro. Vamos ser felizes. Mas, pelamordideus, não sejamos burros! E cegos! Pooorra mermão! Eu acho que o filhodaputa do Ronaldo poderia pegar qualquer mulher do Rio de Janeiro... Mas não! O féladaputa preferiu passar vergonha e pegar três travecos! Bixo buuurro do caralho!
E chega disso que já falaram demais.. mas eu tinha que deixar aqui a minha indignação. Ah! Que fique claro: o Ronaldo é só mais um torcedor do Flamengo. Nada mais! Mas a malandragem sempre quer um motivo, né? Beleza..

Quinton Jackson fanfarrão...






Pra você ver que ser lutador é apenas mais uma maneira de levar a vida. Mas fora dos ringues, os cabas são bem fanfarrões também...
Mas se vacilar a galera não dispensa. Keith Jardine, antes de se tornar um lutador famoso, foi flagrado no seu estilo muito loucow dançando... a galera não perdoou. Vídeo Promo da luta dele contra o Wanderlei Silva que acontecerá pelo UFC 84:






Se você não curte MMA, por favor, desconsiderar os vídeos. Ou assista, então, que é legal. Ei.. se liga ae: Tchau!

ps: Pois é. Você nunca tinha visto isso por aqui.. mas eu sou sim um admirador de MMA. E travarei uma longa batalha para desmistificar esse esporte que é muito criticado por pessoas "inteligentes". Porque esse tipo de esporte é coisa de brutamonte acéfalo...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

De volta.

Hoje eu quero escrever (digitar, que seja). E sabe, tô meio sem saco pra ser coeso, coerente, organizado ou tentar dizer algo engraçado e interessante. Vô só esgulepar o teclado e o resultado é isso que você, nobre leitor, está lendo.
Muito tempo sem PC. Muito tempo sem comunicação com o mundo externo. Veja como, hoje em dia, somos tão dependentes de uma máquina. Aliás, de várias.
E longe do PC eu fiquei longe das pessoas. Veja só! Observe como é que as coisas andam.
Aí eu tô de volta. Numa quinta-feira, 1 de maio, que tá tão sem graça, mas não tem sem graça, que faz o Tom Cavalcante parecer um cara engraçado. Veja, acordei e liguei o computador. Estou nele desde então. E até consigo arranjar algumas coisas úteis. Tava lendo coisas do Veríssimo, o Luís Fernando. E tô, cada vez mais, adorando as coisas que esse cara escreve.
Coisas simples. Não me lembro de ter lido algo que ele tenha escrito e usado a mesóclise. Desconfio de pessoas que usam a mesóclise...

É só eu, ou é normal sentir que a vida tá sem graça? Assim, se eu morresse hoje nem acharia ruim. Lógico, isso é da 'boca pra fora', mas sei lá. Ontem fumei. Sentia saudade do velho companheiro de bebida, de solidão, de espera.. enfim, um bom companheiro. Um companheiro presente.
Nesse momento, nada como sentir que alguém ou algo é/está pra você. Que lombra!
"É carência", grita aquele detentor da sabedoria da vida e que gosta de usá-la para explicar a vida dos outros. Aí eu grito de volta: 'Vai tomar no cu!"
E assim vai. E vem. E o nego não sente ninguém.
Espaço pro Veríssimo:
"Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe..."

Eu não entendi esse "dar" da maneira tão costumeira. Pra mim, não é um texto destinado somente as mulheres. Enfim, dá pra entender. [Alguém percebeu? Alguém?]
Mas, em um outro texto, há algo que eu concordo:
"Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma..."

Assim, é tudo meio confuso e tal. Às vezes penso em fazer voto de castidade. Só volto a "me dar" quando for pra alguém que valha a pena. Mas logo depois penso naquela menina a dois quarteirões da minha casa. Penso em como ela, de propósito, sempre me encara quando eu encaro ela. Penso nas pernas grossas dela, na bunda (bunda sim, "bumbum" é coisa de baitola) bem desenhada, nos seios. Depois penso em mim tateando tudo isso. Aí penso: "dar" é bom pra cacete mesmo, Veríssimo.

Sim, o ruim de fumar é que fumar é um vício caro. Não tão caro e legal como cocaína, heroína, maconha e essas coisas populares entre os jovens, mas dá uma "lombra".

Nesse minuto, eu não queria estar aqui. E eu não queria estar sozinho. Mas as minhas condições me obrigam. Aliás, eu também. Muito do que acontece conosco é porque nós deixamos que aconteça. Então, se eu tô só é porque eu quero estar.
Teoricamente. Às vezes me surpreendo com a minha capacidade de teorizar as coisas...

Acho que já tá bom de acabar, né? Tá ficando meio grande e tal...
Eu tô pensando em começar a escrever contos. Percebi que é legal (deve ser, nunca escrevi)...
Sim. Cabô.

ps: Nossa! A enquete foi um sucesso. Tirando o meu voto, três pessoas votaram! Total estouro! Isso só vem a provar o sucesso desse blog. Mas se bem que eu nem procuro sucesso mesmo... então, três votos tá é bom demais...